Odontologia e Escultura Dental

Generalidades do grupo dos Molares

Fonte: http://clinicaaprimora.com.br/

O grupo dos molares localiza-se na porção mais posterior do arco dental, distalmente aos pré-molares. É composto por doze dentes, sendo seis em cada arco, três em cada hemiarco. Os molares não sucedem a nenhum dente da dentição decídua, sendo denominados dentes monofisários. Ainda são considerados por alguns autores como dentes pertencentes à dentição decídua, só que com erupção tardia. Porém, seu tamanho e sua morfologia detalhada sugerem uma maior aproximação anatômica aos dentes permanentes do que aos dentes decíduos.

Devido ao seu posicionamento posterior, o grupo dos molares também recebe o nome de dentes posteriores ou dentes jugais. Podem ainda ser denominados grupo dos dentes multicuspidados ou dentes triturantes.

O grupo dos molares é formado pelos primeiros, segundos e terceiros molares, e a sua nomenclatura é baseada no posicionamento do dente no arco: primeiro molar, segundo molar ou terceiro molar; a que arco o dente pertence: superior ou inferior; e a que lado do arco o dente pertence: direi- to ou esquerdo.

Função

A principal função do grupo dos molares é a de trituração dos alimentos. A sua morfologia multicuspidada aliada ao seu posicionamento posterior, onde a concentração da força muscular é maior, permite-lhe enorme desenvolvimento funcional.

Não menor é a sua relevância como importante fator na manutenção da dimensão vertical de oclusão. A presença dos molares impede o fechamento da mordida com conseqüente protrusão da mandíbula, o que acarretaria um aspecto de envelhecimento prematuro, sobrecargas e traumas oclusais.

Morfologia

Os molares apresentam enorme detalhamento morfológico marcado pela presença de inúmeras cúspides e raízes. Tanto no arco superior quanto no arco inferior, os molares formam séries descendentes, sendo os primeiros molares maiores que os segundos molares, e estes, maiores que os terceiros molares.

Coroa

As coroas dos molares apresentam forma de um cubo e são geralmente muito volumosas.

Nos molares superiores, o diâmetro vestíbulo-lingual é maior ou igual ao diâmetro mésio-distal. Suas faces oclusais são formadas por quatro cúspides: três maiores e uma menor. A maior e mais volumosa é a cúspide mésio-lingual, que se continua através de uma crista oblíqua com a cúspide disto-vestibular.

Nos molares inferiores, o diâmetro mésio-distal predomina sobre o diâmetro vestíbulo-lingual. Suas faces oclusais são formadas por quatro cúspides maiores e geralmente uma quinta cúspide vestíbulo-distal menor.

Raiz

Com exceção dos terceiros molares, que possuem enorme variabilidade morfológica, todos os elementos do grupo dos molares são multirradiculados. As raízes são cônico-piramidais, achatadas e freqüentemente fusionadas.

Os molares superiores apresentam três raízes que chegam a medir quase duas vezes o tamanho da coroa: uma raiz mésio-vestibular, uma raiz disto-vestibular e uma raiz palatina. Elas se unem em uma base comum de implantação das raízes.

Os molares inferiores possuem duas raízes: uma raiz mesial e uma raiz distal. A união das raízes é próxima à linha cervical, e a base comum geralmente é curta.

TEIXEIRA, Lucilia Maria Souza, REHER, Peter, REHER, Vanessa Sampaio. Anatomia Aplicada à Odontologia, 2ª edição. Guanabara Koogan, 06/2008. VitalSource Bookshelf Online.

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